segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Ondas

Estou sem inspiração nenhuma para escrever! Eu bem disse que funcionava em "ondas" e neste momento parece que a "onda" do blogue passou. Apesar de ter uma lista de assuntos que podiam dar coisas giras, não consigo desenvolver nenhum, por isso vou deixar aqui um texto que fiz para o teste de português do meu 10º ano! A professora pediu-nos para escrever sobre uma imagem de duas pessoas debaixo de um guarda-chuva e saiu isto! Às vezes releio os meus textos e comovo-me um bocadinho (tenho orgulho da miuda que era no 10º ano! ahahah) e dá para ver a minha veia romântica que ás vezes pareço não ter!


"Conheço-te há pouco menos de dois anos e já vivemos tanto. Parece que nos conhecemos desde crianças. Tens sido um amigo como eu nunca tive, e o tempo não tem sido obstáculo. Conto-te tudo, mesmo tudo e sei que também me contas a mim; passamos horas ao telefone e nem reparo no tempo que passou, só penso naquilo que ainda vem. Não és um hábito, és um vício, um amigo a sério. Penso nas gargalhadas que damos por piadas parvas e sem sentido nenhum; penso nos conselhos que me dás, no apoio e, claro, nas tuas críticas. Tudo o que vem de ti é, para mim, como uma luz para um comboio que acaba de entrar num túnel. Guias-me nas minhas decisões. É claro que com tanto que já passamos já tivemos as nossas discussões. Lembras-te daquela vez em que eu não te largava por andares com aquela miúda chatíssima lá da escola?! Ficaste quase sem me falar, mas não conseguiste. No dia a seguir, assim que cheguei à escola, vieste a correr ter comigo a contar que te chateaste com a tua mãe e que ficaste sem telemóvel e sem sair de casa durante duas semanas. Foram as duas semanas mais aborrecidas que tive desde que te conheci. Não me ligavas, não conversávamos durante muito tempo e na escola não dava para nos mantermos a par das novidades e das inspirações um do outro para inventar anedotas parvas.
Foi ao fim dessas duas semanas que, numa tarde me ligaste. Não foi um telefonema como os outros. Apenas me pediste para sair a rua e para irmos dar uma volta até ao café. Nesse dia, o saldo do telemóvel não baixou pois conversámos tudo naquele cafezinho de esquina. Não faltou assunto durante as duas horas que lá estivemos. Não reparei na música, nas pessoas ou no ambiente que lá estava… só reparei que nos estávamos a divertir imenso tal como nos costumávamos divertir.
A minha mãe ligou-me e só quando me disse que estava na hora de ir para casa é que eu me dei conta do tempo que passou.
Lá fora chovia. Abriste o teu guarda-chuva e com o braço passando por cima dos meus ombros protegeste-me… e assim fomos, até minha casa, debaixo do teu guarda-chuva que, tal como tu, me serviu de abrigo aos obstáculos do meu dia-a-dia."

Teresa Teles Branco
Dezembro 2006

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