quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Adoro escrever, mas...

Eish, não escrevo há meses!!! Eu disse que é muito difícil manter um projecto e ultimamente não tenho tido nada para escrever. Ou melhor, até tenho, mas a preguiça ou outras coisas servem de prioridade e acabo por nem passar por aqui! 
Em limpezas encontrei um caderno onde aponto os textos bons que escrevo. Adoro escrever com caneta e papel e era tudo muito mais apelativo se o blog fosse um caderno. 

Adiante... nesse caderno encontrei imensos textos que escrevi há anos! A maioria deles, foram trabalhos de Português. Todos os meses tinhamos de escrever um "texto livre" e todos períodos tínhamos 2 testes com composição, por isso escrevi bastante até ao meu 12º ano! 

Em 2008 tive de escrever um texto livre para a aula de português e parece que a inspiração não queria aparecer. Acabou por sair uma dissertação sobre o quanto adoro escrever mas como nem sempre é fácil fazê-lo. Cá vai:

"Adoro escrever...
Adoro quando sou arrebatada por uma onda de inspiração que me permite surfar num mar de ideias como fazem os profissionais. Pena que estas vagas de ondas enormes não venham periodicamente... o mar é muito imprevisível e hoje, por exemplo, está lisinho como um espelho.

Quando a onda vem, apanho-a sempre que posso e sem medo. Pedo na primeira caneta que aparece e escrevo... escrevo até não ter mais nada para escrever... escrevo até ter dito tudo o que o meu subconsciente queria dizer... escrevo até me sentir leve outra vez.

Muitas vezes, quando o assunto falta e preciso de escrever (nao por necessidade espontânea, mas por ser uma obrigação escolar), peço ajuda. As ideias não vêm e sempre me é dito "escreve sobre alguma coisa que gostes" ou "faz uma reflexão sobre algum tema actual", mas quando começo a tentar desenvolver alguma coisa as ideias não fluem, as mãos têm tempo de descansar, eu tenho tempo de eliminar todas as maneiras de começar o texto. Não é natural, logo, não é bom!

Preciso escrever sem estar cem por cento consciente do que estou a escrever... é estranho, mas vou tentar explicar: quando uma daquelas ondas vem e inunda os meus sentidos, escrevo sobre qualquer coisa até não conseguir escrever mais. Nessa altura é que leio o que escrevi, é que corrijo algumas vírgulas, alguns parágrafos... mas nunca altero uma ideia, porque aquilo foi o que saiu cá de dentro.

Normalmente, escrevo histórias... as personagens são quase sempre pessoas, e a realidade narrada encaixa na realidade actual. Talvês seja um reflexo daquilo que no fundo eu gostava que me acontecesse (no caso das histórias românticas), ou daquilo que eu tenho medo (no caso das histórias dramáticas), quem sou, o que gosto, o que faço, o que me faz feliz!

Também escrevo com o coração...cartas... adoro escrever cartas ás pessoas importantes para mim. Adoro dizer o que me vai na alma a todos os que merecem ouvi-lo.

E é por isto qe escrever um texto livre sem ter o "coração a funcionar" ou um mar de ondas boas para surfar não é fácil de fazer. 
Mesmo assim, adoro escrever...

Dez. 2008"

Representa tão bem o que é para mim escrever e como tudo funciona! Há 6 anos já era uma rapariga tão sábia!!!
Em fim, ADORO escrever!




Sem comentários:

Enviar um comentário